Thursday, June 28, 2007

Faz da tua a minha vontade de te ter...




Já não sofro de ilusões perdidas,
Onde te guardava vestido de prazer e luz.

Já não conto os dias para te rever e…
Voltar a respirar e suspirar em ti!

Já não carrego no sono a ânsia dum amanhecer…
Sem tudo e pouco quase nada dum fogo,
Que recusei extinto!

Agora…
E porque te conheci…
E porque me ensinaste todos os trilhos e atalhos…
Dum prazer que julgava inatingível,
Numa fusão eterna de dois corpos…

Não tentes sequer em me negar….
Porque tudo o que havia a escrever,
Já foi escrito…
E é nessas palavras que te digo:

Faz da tua a minha vontade de te ter…


LC

Wednesday, June 27, 2007

Não me venhas...decididamente!


Não me venhas com queixumes…
Não elabores razões que justifiquem o teu fado,
Que para ti é passado…
Presente…
Mas que nunca aconteceu!

Não me venhas com “lugares comuns”,
Palavras mal fabricadas,
Consciências com bafio,
E lâmpadas fundidas…

Porque,

É o medo a cegar-te a lucidez,
A paralisar-te os movimentos…
A engolir-te,
Absorver-te e…
A reduzir-te a essa sombra de ti.

Porque,

Eu já vi todas as “vergonhas” com que enches os teus dias…
Que para mim são o teu e o meu manto de luz,
Do rumo que nos espera, pacientemente….

Não me venhas…
Decididamente!

LC

Monday, June 25, 2007

Não há sombra sem luz


Para quem se sente à deriva,
no mar alto…
Para quem chega à sua terra e não reconhece
a casa onde nasceu…
Para quem conta uma história e se esquece
do final…
Para quem lê um livro,
apenas nas entrelinhas…
Para quem chora um ente querido que nunca conheceu…
Para quem já não ouve o som das palavras que profere,

Eu passo a gritar:
Não há sombra que não tenha luz…

LC

Thursday, June 21, 2007

Estupidamente eu...


Estupidamente serena…
É assim que te olho, te vejo, te incrimino e recrimino.
Porque adias os meus desejos e me cobras erradamente,
O meu passado.

Estupidamente confiante…
É assim que tu és.
Porque avanças à descarada, te fundes e confundes…
Uma, duas e três vezes…

Estupidamente inteligente…
É assim que eu sou.
Porque recupero tudo o que levas de mim…
Sempre que eu quero.
LC

Sunday, June 17, 2007

Não sou de ninguém...



Não voltes a curvar-te diante de mim,
Como se eu fosse a melhor pessoa do mundo,
E com isso te entregasses nas minhas mãos de anjo…
Que eu não sou!


Não voltes a fazer eco no meu peito,
Com esse grito de desculpa que amarrota o meu querer,
Por ti…


Eu não sou quem tu vês,
Nem te trago guardado para sempre.
Nem te retribuo na amplitude da tua entrega...
Nem ouço os teus gemidos de dor e de prazer,
Por mim…


Eu não sou de ninguém…
Nem de mim,
Nem de ti!

LC