Friday, January 10, 2014

Lamento



Às vezes eu acredito


que sou brava e que sou forte

que digo o dito por não dito

e até espanto a morte.



Às vezes faço morrer

as palavras nos meus lábios.

Outras vezes as engulo

mesmo inteiras…

a sofrer.

E para não te ver partir,

faço-as morrer por nascer.



Às vezes eu não sou eu.

Sou tu, comigo e sem mim.

Sou uma mistura de nós,

atados sem solução.

Sou grito de dor sem fim

e reclamo o teu perdão.

Por não saber perceber

que regressas nos teus passos

duma calma feita paz

com que pautas o meu tempo

sem atropelos nem laços

sem música a estilhaçar

o meu e o teu acordar…

sem avisos de mau tempo

que acabam por se tornar

no meu

e no teu lamento.



Desculpa por te querer

Sempre e sempre …sem pensar.

Desculpa por tudo…amor.

Desculpa por te amar!


LC

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