Friday, August 07, 2009

Na curva do teu pescoço


Na curva do teu pescoço,
Onde tudo fica em paz,
Eu descansei o meu corpo,
A minha alma,
E o meu desejo voraz…

Na curva do teu pescoço,
Onde o mundo se reduz,
Apenas a ti e a mim,
Eu te pedi, baixinho,
Para seres a minha luz…

Na curva do teu pescoço,
Onde mais ninguém me encontra,
E onde não há lugar à dor,
Me pediste, com carinho,
O que vês em mim, amor?

O que vejo em ti?
Pergunto.
Queres que eu te diga o que vejo em ti?
Volto a perguntar.
O que vejo em ti, meu amor…
São dois braços para me abraçar!

E na curva do teu pescoço,
Eu vou querer sempre ficar!

LC

Wednesday, August 05, 2009

Acordar contigo


Todas as manhãs,
Sussurras-me ao ouvido os teus bons dias.
Esperas, calmamente, que te devolva o meu sorriso de menina.
Enlaças-me, sem pressa.
Abres a janela e chamas-me menina preguiçosa.
Voltas a enlaçar-me e fazes-me juras de amor.
Eu volto a sorrir, embevecida, nas tuas palavras doces.
Todas as manhãs,
Contigo do meu lado,
Vale sempre a pena acordar.
Porque fazes dum simples abrir de olhos,
Um hino à vida.
Um hino ao amor.
Um hino à vontade de sermos e estarmos juntos.
Depois,
Acordo de verdade e já não sinto o teu cheiro,
Nem o teu abraço,
Nem o meu sorriso de menina preguiçosa.
Porque não passaste dum sonho.
Mas,
Todas as manhãs,
Eu faço desse sonho um hino à esperança.
E dessa vez,
Sou eu que espero, calmamente, que me enlaces de novo,
ao acordar.
LC