Tuesday, May 29, 2007

Tudo é possível...



Tudo é possível…

Desde enlouquecer de paixão no meio dos teus braços…
A deixar-te escapar suavemente por entre os dedos.

Desde uma zanga feroz que te leve ao mais puro desespero…
Até ao máximo da ternura com que te percorro a pele.

Desde gritar-te “RUA” para poder respirar…
A correr desenfreadamente pelas ruas da cidade à tua procura.

Desde matar-te da memória e jurar que é para sempre…
A ver-te em cada esquina e teimar que és tu e sempre tu.

Tudo é possível…

Desde matar-te.
A pura e simplesmente te amar.



LC

Monday, May 21, 2007

Pega no telefone, porra!



Sei que já te vi algures…
Quando eras apenas forma e sombra
E percorrias todos os meus caminhos e abrigos…

Sei que já te senti em tempos…
Quando à mais leve brisa
O teu perfume me inundava e convencia
Da tua presença…única.

E é por saber-te e sentir-te de outros ventos…
Que te imploro,

Não me procures sem rumo,
Não me inventes sem razão,
Não me mates pouco a pouco…

Pega no telefone, porra!

Thursday, May 10, 2007

Foda-se...que raio de sonho


Ainda tentei beijar os teus olhos…
Achava que assim me verias de outra forma,
Que regressavas ao toque dos meus dedos,
E voltavas a chamar-me de princesa…

Ainda tentei reaver as tuas cores,
O sabor agridoce do teu sémen….
Achava que assim regressaria o teu tempo, a tua calma
E eu fosse de novo dona de ti…

Ainda tentei que lutasses de novo dentro de mim,
E provasses de novo o meu suco de cânhamo e canela…
Achava que assim voltavas a morrer nos meus braços e
A suplicar-me mais, mais e mais…

Mas não saíste do lugar…
E fizeste do teu silêncio uma verdade fria…



E quando finalmente me deste a mão e balbuciaste:
“Não vás…”
E tentaste lamber as minhas feridas mais recentes…

Eu acordei e disse:
“Foda-se…que raio de sonho”

LC

Monday, May 07, 2007

Alma algo errante



Houve tempos em que o meu corpo era apenas teu.
E que a minha alma era algo errante…
E lutava contra ventos e marés à tua espera.
Houve um tempo em que me vestia de culpa…
E me sentia imperfeita,
Na perfeição de tudo de ti,
Nesse tempo, manipulavas-me a vontade,
Acertavas os meus ponteiros,
E fazias com que oscilasse no teu gosto e no teu desejo…
E eu,
Chorava feliz duma mágoa escolhida por ti.
Mas esse tempo morreu.
E quando pensavas…
que os meus gritos ainda eram os teus,
que os meus gemidos ainda eram de prazer,
o teu querer o meu querer…
e o meu caminho sem saída…
eu gritei bem forte,
sim.
Mas não de tesão por ti,
Não de orgasmos sucessivos…
Gritei de liberdade,
Sem fantoches, fantasmas ou tabus …
E passei a liderar a minha vida,
A comandar os meus sentidos,
E percebi que não eras humano,
Apenas uma personagem à procura duma alma algo errante…
Que te alimentasse a tua sede de poder,
E foi aí…
que te devolvi os pensamentos,
as esperas,
a fé,
a entrega,
e todos os meus sonhos de mentira…
te disse Adeus…
e segui o meu caminho!


LC