Thursday, June 30, 2011

Para que tudo possa acontecer!














Em cada ponto onde me encontro,

vejo o teu olhar que me procura

e me obriga a mergulhar dentro do teu ser,

para que tudo possa acontecer!

Em cada ponto onde me encontro,

ouço a tua voz que me sussurra

e me repete vezes sem fim,

"caminha para mim...apenas só para mim"!

Em cada ponto onde me encontro,

vejo o mar da tua janela,

um barco no horizonte e

o sol do entardecer que é nosso...

e pronto!

Em cada ponto onde me encontro,

sinto o cheiro do teu café bem quente,

a fruta que deliciosamente me fazes saborear,

e por isso...apenas só por isso

te possa vir a amar!

Em cada ponto onde me encontro,

estás tu e o teu jeito de ser,

que me enleva, me encanta, me liberta,

para que tudo possa acontecer!


LC

Thursday, June 16, 2011

Meu amor...













Ali…onde tudo parece mais longe e frio.
Onde as emoções parecem ter chegado ao fim,
Onde a esperança do bater mais forte do coração,
Te chama sempre e sempre à razão.

Ali…onde vês brumas em vez de sol,
Onde os dias que vêm já pouco te importam,
Onde estar ou não estar…
É apenas um lugar!

Ali…onde sofres pelo amor que já sentiste,
Onde os dias são apenas dias
E as noites igualmente noites,
E tudo o que querias…
já nem sabes se querias!

Ali…onde os rostos que se cruzam são iguais…
Há andares apressados que se atropelam…
Há olhos sem brilho,
De quem te vê…
De quem nem sequer te nota…
Mas nem sequer se importa!

Ali…onde tudo acontece sem sentido…
Onde não há risos nem sorrisos…
Onde não se comem cerejas com melão…
Ali…
Eu digo que não!

Porque tu estás do lado oposto…
E é aí que eu vou ficar,
Porque há luz à tua volta,
Há o sol e o luar,
Que repousa nos teus olhos a brilhar
Sempre que um abraço nos envolve,
E eu te adivinho o pensar
Apesar do esconde-esconde do teu sentir.

Aí…onde tudo acontece porque SIM!....
O que importa tudo o resto?
Senão o que te dou a ti…
E tu a mim?

É aí….
É exactamente aí…
onde a paz existe em meu redor,
Que eu vou querer estar...
Meu amor!

LC

Tuesday, June 14, 2011

Véu de mar e ... amar!


Quando eu sinto uma raiva desmedida…
Um jeito irascível de ser...
E uma pouca vontade de vida…e de viver!

Quando eu sinto o mundo nos meus ombros…
A multidão por onde passo me engolir
E o meu dia e a minha noite aos tombos tombos e tombos…

Quando olho ao longe para o mar…
E não vejo a linha do horizonte
Apenas uma ponte…entre o mar e o céu…apenas uma ponte!

Quando me sinto igual entre os diferentes
E diferente de todos os demais
E só me apetece gritar…NÃO POSSO MAIS!

E quando já estou cansada
De tanto lutar contra o vento,
O tempo
E o contratempo!

Aí apareces tu…
E a tua calma que me acalma…
A tua arte mágica que me obriga a parar…
A olhar-te bem no fundo dos teus olhos...
Nem que seja por uns instantes…
E ler que é tudo mentira…
Que o mundo não está prestes a acabar…
Que a ponte que eu vejo no horizonte…
É apenas mar e céu…
E céu e mar!

E tu a levantar o meu véu de mar e ...amar!

LC

Friday, June 10, 2011

A ilusão de te ir ter...



O dia nem sempre começa com a mesma luz.
O acordar tem por vezes teimosias infantis.
As manhãs?
Ah…essas são fruto dessa luz e do azul do céu…
que-nem-sempre-é-azul.
Não gosto de adormecer sem “preparar” o meu acordar.
Penduro no “cabide”…
Um raio de sol,
Um par de olhos a brilhar,
Uns pés ligeiros no levantar,
Umas mãos prontas para os afagar,
Uma vontade da diferença acontecer,
Uma ilusão de te ir ter…
E com o “cabide” bem arrumado,
Enrosco o meu peito no teu…
Porque te consigo imaginar!
Embalo-me no teu colo…
Porque sei que vais lá estar!
Entrelaço os meus dedos nos teus…
E deixo que o azul do céu,
que-nem-sempre-é-azul…
Me faça adormecer.
Mas afinal …
De manhã, ao acordar,
O meu cabide tem apenas um par de calças para eu usar,
Uma blusa pronta a enfiar,
E o vazio do dia que vai começar!

LC