Monday, January 28, 2008

Recomeçar...


Recomeçar é difícil…
Obriga-te a forças ocultas e reprimidas,
A recordações sangrentas e vadias,
À busca de páginas lidas e relidas!

Recomeçar é muito difícil…
Obriga-te a juras antigas e tardias,
A choros e soluços às fatias,
A veres-te despojada de todas as alegrias,
Que pensavas...
(estupidamente)
as merecias!

Recomeçar é mesmo muito difícil…
Obriga-te a sorrisos desmentidos,
A loucas hipocrisias doentias,
A esquecer sonhos, visões e utopias…
Que,
(coitadas)
Se julgavam as tuas melhores fantasias!

Recomeçar é cair…
Magoar…
Erguer…
Reerguer…
E somar o resto dos teus dias!

LC

Sunday, January 27, 2008

Dona de mim!...


Não é pelo sexo que te quero…
Mas sim pelo momento que vem a seguir…
Em que o mundo pára…
E tu…
Com esse sorriso esplendoroso…
Me chamas “meu bebé” e…
Me fazes sentir segura!
Plena!
Completa!
Inteira!
Dona de mim!...
Não é pelo sexo que te quero…
Mas sim…
Para te ter assim!
LC

Monday, January 21, 2008

Não...



Não penses em mim mais do que um segundo,
Nem me sonhes vestida de anjo alado.
Não tentes sequer convencer-me das minhas virtudes.
Nem te imagines comigo ao teu lado…
Não levantes o meu véu com esperança
De me roubares um sorriso ardente…
Porque eu me visto de névoas e de sombra…
E te escondo a minha alma que não sente.
Não teimes…
Não insistas…
Não demores…
Porque é nessa tentativa tão crescente…
Que eu te fujo com raiva desmedida e,
Me perco para ti e para sempre.

LC

Saturday, January 05, 2008

Fada...Fado...ou Foda?


E quando esta dor de cabeça me assalta
E comodamente se instala, latejando
Eu peço umas mãos de fada…
Ou de fado?
Umas mãos de foda…
Que me afaguem…
Me invadam me acariciando…
E me façam vibrar enquanto peno…
De dor, de prazer e de vontade.
E quando tenho tudo o que pedi,
Lembro da cabeça palpitando…
E agora não é dor o que senti…
És tu…
Ou sou eu que estou sonhando?
LC

Friday, January 04, 2008

Sim...Oh Sim!


Ao mesmo tempo que me despes…
De forma bruta, apressada e selvagem,
E eu embato na parede…sôfrega e ofegante…
Abres-me as pernas com avidez…
E com o choque do teu corpo…
Cortas o meu respirar…
E entras em mim.
Sem que eu tenha tempo de dizer não e sim…
Não e sim!
E é nesse entrar frenético, louco e violento…
Que me agarro a ti com a força desse vaivém...
E te peço que fiques sempre e…
Sempre assim!
Mordes-me as palavras…
Puxas-me os cabelos…
E juras que não paras…que não paras…que não paras.
E é na mistura do meu grito que te ouço soltar…
O teu brado finito.
O teu sim…oh sim!
LC

Thursday, January 03, 2008

Olha para mim


Olha para mim.
Fixa bem os olhos que te enlevam…
Que clamam e reclamam pelo toque dos teus dedos,
Em cada pedacinho de mim que te espreita,
Sedento dos teus lábios.

Olha para mim.
E diz-me que me vês quente e bela…
Como a chama que te faz cobrir o meu corpo,
Como o grito que me sai de prazer e dor…
Como a boca que procura e bebe o meu suco…
Como a força do abraço onde eu regresso…
E descanso.

Olha para mim.
E toca-me no rosto…
Ao de leve, bem ao de leve…
Porque é assim que se faz o amor.
LC

Tuesday, January 01, 2008

Desejo ao amanhecer...


Para o ano que hoje começa…


Soma os teus passos aos meus...
Divide as pedras desse caminho por dois...
Multiplica as minhas vontades pelos teus desejos...
E inunda a minha alma de beijos.
Depois,
Subtrai-lhe os medos,
as angustias e ...
as esperas em vão.


Para o ano que hoje começa...
para ti...
eu tenho o meu coração.


LC