Wednesday, October 14, 2009

Obrigada, meu amor!



Talvez a minha história de vida te leve a achar-me pouco corajosa em termos de decisões fulcrais e emocionais.
Talvez o ar decidido e independente com que se me deparei aos teus olhos te tenha levado a achar que esta mulher com quem falas todos os dias é afinal uma vulgar mortal com medo da solidão.
Talvez reescrevas várias vezes a ideia de que "o murro na mesa" faz parte essencial do meu estar e saber ser.
Talvez me inventes e reinventes de forma errada, sempre que tens vontade que eu lute por mim e contra mim.
Talvez aches que o meu percurso de vida fez de mim uma falsa corajosa, convencida que irá mudar o mundo sem planos nem estratégias.
Talvez me aches isto ou aquilo.
Talvez me leias nos olhos doces por ti, medo…medo e …muito medo.
De mim?
Talvez.
Por mim?
Talvez.
Talvez me queiras assim ou nem saibas como eu realmente sou.
Talvez me acuses, me defendas, me interrogues, me cobres e me abraces com medo que eu desapareça no meio do teu sonho.
Talvez não saibas nem nunca irás saber que no meio deste novo trilho de vida, a tua presença me aquieta, me enlaça e me devolve a minha alma…que eu julgava perdida entre muitas e muitas tentativas de me encontrar.
Talvez a vida seja assim tão sábia e tão erudita que nos disciplina e nos faz aprender, de olhos fechados, o que livro nenhum consegue transmitir.
Talvez me aches isto ou aquilo.
Talvez eu me ache uma entre milhões de estrelas solitárias que apenas cintilam porque algo as ilumina.
Tudo isto são pressupostos onde poderá assentar a minha essência.
Mas…
No meio de tanto "talvez"…há uma certeza infinita em que eu não tolero a tua incerteza.
És quem eu procuro desde sempre.
É em ti que eu deposito as minhas alegrias do dia.
É a ti que eu quero ver na primeira fila da minha vida.
És quem me faz brilhar.
Quem me faz pensar em mim.
Quem me alerta.
Quem me protege.
E a quem confio a minha vida.
Obrigada, meu amor.
Por teres esperado por mim.
LC