Às vezes eu acredito
que sou brava e que sou forte
que digo o dito por não dito
e até espanto a morte.
Às vezes faço morrer
as palavras nos meus lábios.
Outras vezes as engulo
mesmo inteiras…
a sofrer.
E para não te ver partir,
faço-as morrer por nascer.
Às vezes eu não sou eu.
Sou tu, comigo e sem mim.
Sou uma mistura de nós,
atados sem solução.
Sou grito de dor sem fim
e reclamo o teu perdão.
Por não saber perceber
que regressas nos teus passos
duma calma feita paz
com que pautas o meu tempo
sem atropelos nem laços
sem música a estilhaçar
o meu e o teu acordar…
sem avisos de mau tempo
que acabam por se tornar
no meu
e no teu lamento.
Desculpa por te querer
Sempre e sempre …sem pensar.
Desculpa por tudo…amor.
Desculpa por te amar!
LC