Monday, March 24, 2008

Ave de arribação...


De repente, o vento fustigou-me o rosto…
Levando-me os cabelos em direcções rebeldes…
E eu senti o sabor da liberdade.
E uma entrega total àquela velocidade…
Por segundos….
Imaginei-me dona daquele espaço imenso…
E abri os braços…!
Deixei que a brisa me beijasse o rosto…
Me acariciasse o peito e …
Me envolvesse num toque de paixão….
E eu estava ali
Só…
Liberta…
E por qualquer razão,
Senti as minhas asas de condão e….
Era de novo,
Ave de arribação…

E…
Quando o comboio sem paragem, passou…
Eu continuei ali,
Sentada no banco daquela estação…!
LC

2 comments:

JPT said...

Como tu consegues transformar as coisas banais em verdadeiras sensações (para ti e para quem lê estas frases), Laura. Mtos parabéns.

No comboio das nossas vidas, este blogue é seguramente uma das paragens mais bonitas.

A.S. said...

Este teu poema, leva-te às sensações ausentes, onde nada se encontra senão a sede... onde nada vive senão o desejo, onde nada cresce senão as tuas asas preparando um voo ousado e irrecusável!...


Um beijo!