Wednesday, December 15, 2004

Nada de nada

Sentiu-se a lutar sozinha contra um medo estranho, como se estivesse num sítio sem luz e da sua mente tivesse desaparecido tudo. Mas, num segundo, apenas num segundo, a sua vida rolou perante os seus olhos…os dias bons, os menos bons, as tentativas de conquista, os desânimos com sentido, os raros abraços, a sua compreensão constante, o sentar triste naquele canto da sala, os diálogos surdos de quem não quer ouvir e algumas noites de amor…
sim...
apenas algumas…e desejou ter asas e voar dali para fora.
Era bem mais fácil do que enfrentar burocracias, que enfiavam o nariz no coração da gente e não percebiam nada de nada, muito menos daquilo que nos ia na alma.

2 comments:

mdm said...

Gostei tanto...

SL said...

Gostei muito da tua maneira de escrever...vejo-me nela.
Decidi comentar este post porque foi o que mais me chamou à atenção. Prometo quando tiver tempo passar por cá e ler mais.
Jinho e Bom 2005!